
POR QUE ACEITAR-SE A SOMBRA, PODENDO-SE SER A FIGURA?
A beleza da cachoeira é admirada pela formação de suas quedas, por que contentar-se em ser um pingo d’água? A imagem reproduz sua própria imagem, mas há o auxílio da luz. Por que acatar esta formação em lugar de querer-se a quem a ilumina. Seja a LUZ!
A noite é deslumbrante, ver-se estrelas, a lua paira no céu, mas a noite de luar, nada mais é que a luz do sol que a ela repassa seus raios. Por que a conformação de ser o satélite dos enamorados? Torne-se o ASTRO REI!
O campo adubado e regado produz espécimes de flores em diversidades de formatos, cores e odores, por que maravilhar-se com o produto do semeio e não com a vastidão de quem a produz? As flores do campo são de uma beleza singela, mas o terreno de onde brotaram é o autor de tanta formosura. Escolha ser o CAMPO!
A manhã traz a esperança de um novo dia, coloca-nos à disposição espaço temporal para realização de inúmeros projetos, por que abster de ser a manhã, deslumbrando-se apenas com o orvalho caído na madrugada. Opte assim por ser a MANHÃ!
A calmaria ou as altas ondas a debater-se nos rochedos a beira mar, é de um espetáculo belíssimo, o vento é o protagonista deste fascínio marítimo, mas por que não desejar-se ser o mar, em sua imensidão, onde nosso olhar se perde ao encontrá-lo juntando-se aos céus. Sinta-se o MAR!
A duna é de uma beleza exótica, o ajuntamento de grão em grão, deixa-a com um deslumbramento misterioso, como não admirar um deserto e saber de sua construção, admire a formação e o valor do grão de areia. Permita-se ser a DUNA!
A música eleva a alma, contorce corpos, entorpece o espírito, contudo, a união dos seres enebriados na dança reproduz o que ouve dos acordes tocados, sem o som nada poderia acontecer. Encarne a MÚSICA!
Em dias friorentos, nada como algo quente a nos esquentar, pode ser um chá, um café, uma bebida, contudo, deglutido o líquido, o corpo está abastecido, mas o recipiente que o abrigou? Onde está seu valor. Prefira ser a CANECA!
Vivemos no nosso tempo, o presente, um vai-vem de emoções, de amores, de dissabores, de labuta e de descanso. Por que fincar-se no presente, não o ouvirdes. A vida segue; algo estar por vir, vislumbre o futuro! Estabeleça uma META
Privar-se...
Abster-se...
Anular-se...
Impedir-se...
Contentar-se...
É pequeno, mínimo, mesquinho,
O tempo evapora-se!
Por que DAR-SE lugar ao VOLÁTIL, ao INCONSISTENTE?
Abrindo mão do MATERIAL, do PALPÁVEL?
Por que permanecer existindo apenas no domínio das idéias, sem base sólida?
A VIDA NÃO É FUMAÇA!
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